Ainda não foi divulgado um cálculo do prejuízo causado com a destruição. O gabinete da vice-presidência foi um dos locais mais afetados. Também houve depredação no plenário. Uma perícia foi realizada ainda ontem por agentes da 1ª DP (Praça Mauá). Câmeras de segurança da Casa serão analisadas para identificar os autores.
A invasão provocou correria dentro da Alerj e o primeiro vice-presidente da Casa, deputado Wagner Montes (PRB), chegou a ser cercado pelos manifestantes. Após a confusão, o controle de entrada foi perdido e muitas pessoas acessaram o local. Algumas das pessoas que protestavam gritavam "Uh, é Bolsonaro!".
De acordo com o movimento Juntos Somos Mais Fortes, que reúne forças de segurança, "insatisfeitos com a falta de diálogo, as categorias deliberaram a ocupação da Casa". "Não houve arrombamento dos portões, foi consensual a entrada na Casa, praticamente facilitada pelos poucos policiais que estavam na entrada do prédio", explicaram, em nota.
O movimento explicou ainda que os manifestantes fizeram um enxugamento da pauta e definiram que "apenas três pontos seriam discutidos naquele momento": a suspensão do pacote de "maldades" até que sejam ouvidas propostas dos servidores, abertura de um dos vários pedidos de impeachment contra Pezão e "reconsideração de ato para a prisão de 30 dias ao subtenente Mesac Eflaín, presidente da Associação de Bombeiros, por lutar pelos direitos da categoria".
Em nota, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, repudiou a ação e disse que a "invasão do plenário é um crime e uma afronta ao estado democrático de direito sem precedentes na história política brasileira". O deputado afirmou ainda que é "um caso de polícia de Justiça, e não vai impedir o funcionamento" da Casa.