Por gabriela.mattos
Rio - Com uma dívida de R$ 6 milhões com as concessionárias de transportes públicos, referente ao Bilhete Único intermunicipal, o governo estadual garantiu ontem que vai manter o benefício. A Secretaria estadual de Transportes informou que deve regularizar os débitos com as empresas na semana que vem, apesar dos recentes arrestos judiciais para pagamento de servidores que o estado vem enfrentando.
As pastas da Fazenda e de Transportes tiveram reunião ontem à tarde para negociar o pagamento. Inicialmente, a primeira havia pontuado que não havia dinheiro para quitar a dívida, mas após as discussões foi anunciado que o programa será mantido.
Passageiros que dependem do benefício do Bilhete Único estão preocupados com possíveis restrições Banco de imagens

As trôpegas contas estaduais preocupam os cariocas que dependem do benefício do Bilhete Único intermunicipal para se locomover. A universitária Nathalia Pinto, de 24 anos, usa a redução no valor da passagem para ir de casa até a Gávea, na Zona Sul, onde estuda. “Pego o ônibus intermunicipal, de Nova Iguaçu, e metrô e não pago o valor integral das passagens. Para mim dificultaria bastante se acabasse o Bilhete Único, porque minha família já tem um orçamento programado para o mês”, contou.

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Como uma forma de cortar gastos, o estado propôs restrições ao BU no chamado ‘Pacote de Maldades’, que está em discussão na Assembleia Legislativa. Uma delas é o reajuste da tarifa de R$ 6,50 para R$ 7,50, além de um teto de R$ 150 de subsídio por beneficiário.
O estado paga a diferença entre o valor do BU e o preço total das passagens. Atualmente, o governo gasta mais de R$ 500 milhões por ano com o subsídio e, segundo estimativa, com as restrições, a economia seria de R$ 256 milhões ao ano.
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Reportagem da estagiária Alessandra Monnerat