O prefeito repudia ainda a insinuação do Ministério Público de que sua ida aos Estados Unidos em 2017 representaria uma forma de não cumprir eventuais responsabilidades referentes ao período do seu governo.
Taxa ambiental de campo de golfe foi cobrada
Eduardo Paes expôs documentos para recorrer da decisão de bloqueio de seus bens por improbidade
Rio - O prefeito Eduardo Paes vai recorrer da decisão da Justiça de bloquear seus bens com base em ação do Ministério Público que o acusa de improbidade administrativa na construção do campo de golfe da Barra da Tijuca. Segundo a ação do MP, o prefeito do Rio dispensou a construtora Fiori Empreendimentos Imobiliários de pagar R$ 1,8 milhão a título de licença ambiental, em 2013. Paes nega a acusação e afirma que mandou cobrar a dívida, que, acrescida de juros, chega, atualmente, a R$ 3,365 milhões.
Por meio de nota, o prefeito Eduardo Paes afirmou ter exigido o pagamento da taxa para a autorização de supressão de vegetação exótica para a construção do campo de golfe. Segundo o prefeito, o documento de arrecadação de receitas municipais (DARM) número 53904 foi emitido várias vezes em nome da construtora, que não pagou a conta.
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A Secretaria de Meio Ambiente enviou ofício à Procuradoria Geral do Município em 9 de novembro deste ano para que a empresa fosse incluída na Dívida Ativa, e que fosse cobrado o valor de R$ 3,365 milhões, referente à taxa ambiental acrescida de juros.
Paes afirma que sua viagem para Nova York, onde será professor visitante na Universidade de Columbia, é de conhecimento público há mais de um ano. Disse ainda que a prefeitura obteve da Justiça um parecer favorável à construção e que o empreendimento representou ganho ambiental à região. Paes publicou a explicação em seu Facebook e anexou documentos para provar a veracidade de sua justificativa.