Por gabriela.mattos
Rio - Amparada por familiares e sob efeito de calmantes, Rosângela Ferreira do Nascimento, de 46 anos, esteve ontem no Instituto Médico Legal para fazer o reconhecimento do corpo da filha, Thifany Nascimento de Almeida, que tinha 11 anos. A menina foi encontrada morta dentro de uma mala em Acari. Rosângela foi impedida de fazer o reconhecimento pelos agentes devido ao avançado estado de decomposição do corpo.

Os peritos confirmaram, pela impressão digital, que o corpo é mesmo de Thifany, e fizeram perícia para descobrir se ela foi vítima de violência sexual. O enterro será hoje, no Cemitério de Irajá.

Família de Thifany no Instituto Médico Legal (IML). Mãe (de blusa amarela) chora a todo momento e está a base de remédiosSeverino Silva / Agência O Dia

Abalada, Rosângela, que é mãe de mais cinco filhos, admitiu que desde o desaparecimento, no domingo, não tinha mais esperanças de encontrar Thifany com vida. “Sabia que ela estava morta, mas não imaginava que a encontraria naquele estado, desfigurado”, lamentou.

Rosângela confirmou que a filha gostava de animais, o que a levou a aceitar a oferta de um cão, feita pelo acusado, Sandro Luiz Alves Portilho, 42. “Tinha sido orientada a não falar com desconhecidos, mas quis pegar o cachorro para presentear o irmão”, contou. Sandro está preso e vai responder por crimes de morte e ocultação de cadáver, receptação, falsidade ideológica e associação ao tráfico.