Nova fase da Lava Jato no Rio mira em mais um operador de Cabral
Polícia Federal cumpre mandado de prisão na Barra da Tijuca. Ari Ferreira da Costa Filho, operador do ex-governador, não foi encontrado
Rio - A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria da República no Rio deflagraram na manhã desta quinta-feira, nova fase da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio que levou à prisão o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), para prender preventivamente Ari Ferreira da Costa Filho, apontado como mais um operador do peemedebista. As investigações apontam que "Arizinho", como era conhecido, teria lavado R$ 10 milhões ao longo de oito anos. Ele não foi encontrado pela PF.
Ari atuava repassando os valores à concessionárias de veículos pertencentes a um mesmo grupo familiar. O dinheiro retornava através de contratos fictícios firmados entre consultorias de fachada e as revendedoras de carros.
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Ainda de acordo com as investigações, outra parte dos valores entregue a um dos sócios foi utilizado para a aquisição de sete imóveis que foram registrados em nome de uma empresa imobiliária pertencente ao mesmo empresário.
A PF também realiza buscas em imóveis de Costa Filho e de pessoas ligadas ao ele. O operador começou a trabalhar com Cabral na década de 1980 e, segundo as investigações, em 1996 começou a trabalhar em um cargo comissionado no gabinete de Cabral. Posteriormente, teve passagens por várias secretarias no governo do peemedebista no Rio. Costa Filho se tornou assessor especial do ex-governador e estava no governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) até poucos dias atrás.
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Essa já é a terceira operação policial contra o esquema de corrupção do grupo supostamente liderado por Sérgio Cabral e que teria arrecadado milhões em propinas de obras de grandes empreiteiras com o Estado no período em que o político foi governador do Rio, de 2007 a 2014. A operação foi autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.
Ao menos nove acusados de atuarem como operadores financeiros do esquema de Cabral, entre doleiros e responsáveis por cobrar e transportar os pagamentos ilícitos, já foram presos pela PF no Rio desde que a Operação Calicute foi deflagrada, no dia 17 de novembro de 2016.
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