Menino era mantido em cubículo sem alimentação, água ou condições de higiene
Menino era mantido em cubículo sem alimentação, água ou condições de higieneDivulgação
Por O Dia
Rio - A prisão em flagrante das duas mulheres acusadas de manter um menino autista, de 8 anos, em um canil foi convertida em preventiva, nesta quarta-feira. Com a decisão do juiz Rafael de Almeida Rezende, da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo, onde o crime aconteceu, as duas permanecem presas até julgamento.
A decisão de manter a dupla atrás das grades acontece um dia após policiais da 54ª DP (Belford Roxo) e profissionais do Conselho Tutelar resgatarem o menino, nesta terça-feira, na comunidade do Machado, em Belford Roxo. A criança era mantida presa em um cubículo de madeira usado para prender animais, sem alimentação e em condições precárias de higiene pela própria mãe e avó, de 27 e 62 anos.
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Segundo o delegado José Mário Salomão, titular da 54ª DP (Belford Roxo), as denúncias dão conta de que a dupla prendia o menino com a desculpa de que precisavam evitar que ele fugisse. "Segundo os vizinhos que alertaram para a situação, elas faziam isso quando saíam de casa, com a desculpa de evitar que o menino fugisse. Uma situação bem constrangedora, triste e humilhante para o ser humano", comentou.
O menino foi resgatado pelos agentes desnutrido, com ferimentos em local sem condições de higiene. A vítima está internada em estado de saúde delicado e deve passar por tratamento multidisciplinar.
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Os advogados de defesa da mãe chegaram a tentar a liberação da mesma, com a justificativa de que ela precisaria cuidar de outros filhos menores de idade. A liberação foi negada pelo magistrado, que justificou a manutenção da prisão flagrante dizendo que a presença dela poderia ser prejudicial para as crianças.
Se condenadas pela Justiça, as duas mulheres podem receber uma pena de mais de 15 anos de prisão, pelo crime de tortura e cárcere privado.