Rio - Após a aprovação do projeto de privatização da Cedae, centenas de manifestantes que estavam em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) seguiram para o prédio da companhia na Avenida Presidente Vargas, na Cidade Nova. A via foi interditada, dando um nó no trânsito. No local, um pequeno grupo de mascarados entrou em confronto atirando pedras em policiais do Batalhão de Choque da PM, que lançou bombas de efeito moral.
Durante a caminhada, o grupo derrubou as grades que dividem a Presidente Vargas por conta do esquema montado para o Carnaval. O Centro de Operações pede que evitem a região e utilizem o metrô. A estação Praça Onze, que fica próxima ao prédio da Cedae, está fechada.
Antes, os manifestantes estavam na Rua Primeiro de Março, em frente à Casa, que foi interditada pela manhã. O Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Rio (Muspe) começou uma vigília às 10h na Alerj em protesto contra a privatização da companhia.
Entre o grupo que protesta há servidores de diversas categorias, principalmente da Cedae, que entraram em greve nesta segunda-feira. A paralisação será até quinta-feira, até quando era prevista durar a votação da venda da Cedae.
A maioria dos deputados votou a favor da venda da Cedae, na manhã desta segunda-feira, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Dos 69 parlamentares presentes, 41 votaram a favor e 28 contra a privatização, que prevê a garantia para empréstimo de R$ 3,5 bilhões ao Estado para pagamento dos servidores e amenizar a aguda crise.
Começam no início da tarde a ser votadas as emendas em destaque. Mais cedo, o presidente da Alerj, Jorge Piccini (PMDB), disse que pretende terminar a votação ainda nesta segunda-feira, embora já tenha sessões marcadas para continuar a votação todos os dias, até quinta-feira.
Na discussão, o projeto de lei recebeu 211 emendas dos deputados estaduais, mas os destaques terão de ser aglutinados, pois o regimento da Alerj impõe limites para a apresentação de destaques por bancada.