Rio - O juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, titular da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, decretou nesta quinta-feira a prisão preventiva dos três acusados de envolvimento na morte do embaixador grego no Brasil, Kyriakos Amiridis, no fim do ano passado. Segundo denúncia do Ministério Púlico, Françoise de Souza Oliveira, mulher do embaixador, o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho e seu primo Eduardo Moreira Tedeshi planejaram e executaram o crime.
De acordo com o MP, Françoise teria articulado com Sérgio Gomes o assassinato de Kyriakos. O policial ainda teria sido ajudado por Eduardo. Os três vão responder à ação penal por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima) e por ocultação do cadáver. Françoise e Sérgio também são acusados de fraude processual.
Em sua decisão, o juiz justificou a decretação da prisão preventiva dos acusados "pela necessidade de garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal".
“No caso em análise, há demonstração, não só da inquestionável existência do crime, já que comprovado por prova técnica (exame de DNA) que o corpo encontrado em estado avançado de carbonização no carro alugado pela vítima, era mesmo do embaixador grego no Brasil, mas também de, ao menos por enquanto, indícios suficientes da participação delitiva, sendo certo que os elementos até então colhidos são mais do que aptos para a imposição imediata das prisões preventivas dos três réus supostamente envolvidos na estarrecedora dinâmica criminosa", destacou o magistrado.