Por thiago.antunes

Rio - A Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa votará, dia 21, pela aprovação ou reprovação das contas do governo estadual referentes ao ano de 2015. Os sete deputados que integram o grupo começaram ontem a analisar os números. Uma eventual rejeição das contas pela Alerj daria margem para a abertura de um processo de impeachment contra o governador Luiz Fernando Pezão.

A data foi estipulada por Paulo Melo (PMDB), que, quando assumiu a presidência da comissão, em fevereiro, prometeu dar celeridade à votação. Ao menos um parlamentar afirma que votará pela reprovação das contas: Luiz Paulo (PSDB).

Justificativa

O tucano alega que Pezão maquiou dados do orçamento: “Em 2015, classificou os R$ 6 bilhões que recebeu de depósitos judiciais do Tribunal de Justiça como Receita Corrente Líquida (RCL). Com isso, aumentou a margem para endividamento e gastos com pessoal. Mas não se trata de RCL, porque é dinheiro que você tem que devolver”. Luiz Paulo fala ainda em irregularidades na gestão do RioPrevidência e na concessão de isenções fiscais.

Tocando no assunto...

Em evento do Sebrae-RJ, o deputado Gustavo Tutuca (PMDB), que também é da Comissão de Orçamento, disse ontem que não é o momento de conceder novas isenções: “Temos é que fortalecer as empresas já instaladas aqui, principalmente as pequenas e médias”.

Bastidores

O que se ouve na Alerj é que as contas de 2015 serão aprovadas. Mas que a votação é fundamental para que sejam colocadas em pauta as contas de 2016: essas, sim, com grande potencial ofensivo.

Vocação questionável

Prefeito de Campos, Rafael Diniz (PPS) nomeou José Leonardo Gioffi Mota para dirigir o setor de Recursos Humanos do município. Mas o currículo de Mota traz um precedente nada valoroso: em 2009, foi condenado na 3ª Vara Criminal justamente por montar esquema de funcionários fantasmas no Hospital Álvaro Alvim. Desviou R$ 110 mil.

Procurada pela coluna

A Prefeitura de Campos alega que Mota apresentou Certidão de Nada Consta antes de assumir o cargo. E que, “a partir da comprovação dos fatos, todas as medidas administrativas cabíveis serão tomadas”.

Um é pouco, dois é bom

Integrante da equipe de Crivella reforça que Marcelo Faulhaber perdeu prestígio com o prefeito, mas faz uma ressalva. Ele é o único aliado a fazer duas indicações para cargos cobiçados: a Secretaria de Fazenda e a Subsecretaria de Projetos Estratégicos.

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