Rio - O Procon Carioca descartou 861,9 quilos de alimentos impróprios para o consumo durante uma fiscalização realizada em bares, restaurantes, padarias, lanchonetes, mercearias e supermercados, além do Sambódromo, no mês de fevereiro.
Só no restaurante Rosa do Brasil, em Irajá, os fiscais descartaram 329 quilos de alimentos impróprios. Entre eles, carne vencida, alimentos sem data de validade, legumes, verduras, feijão e queijo estragados. O restaurante foi interditado pelo órgão, mas foi reaberto após ter se enquadrado nos padrões exigidos pelo Código de Defesa do Consumidor.
No restaurante e padaria Alfa Belle, no Recreio, foram descartados 75 quilos de alimentos impróprios para o consumo, a maioria com data de validade vencida. Os fiscais encontraram pasta de bolo com duas datas de validade, uma do dia 26 de novembro de 2016 e outra do 02 de janeiro de 2017, indicando que a data pode ter sido burlada, segundo os agentes.
Já no restaurante Vista Alegre, em Jacarepaguá, havia até data de validade que não existe no calendário: 30 de fevereiro. Ela foi encontrada no recipiente que guardava escalopinho.
No Sambódromo foram fiscalizados 40 estabelecimentos. Entre eles, o Bob’s, devido à falta de informação sobre a data de validade de bebida para milk-shake aberto e por apresentar lixeira aberta e sem pedal próximo à área de preparo dos alimentos. O Espetto Carioca foi notificado porque a batata palha estava fora do prazo de validade.
No Camarote Itaipava, não havia placas indicativas de saída de emergência, da lotação máxima permitida e nem extintores de incêndio. O Camarote também não apresentou alvará e certificado do Corpo de Bombeiros, problema apresentado também pelo Carna Uol.
No Camarote Quem/O Globo, os fiscais descartaram 34 quilos de alimentos impróprios para o consumo, entre eles biscoitos, queijo, macarrão, carne seca e frango sem identificação quanto às datas de fabricação e validade, e ainda 10 quilos de molho branco com data de validade vencida.
O presidente do Procon Carioca, Jorge Braz disse que o órgão tem trabalhado para mudar a mentalidade do fornecedor e que a multa é o último instrumento a ser utilizado. “Será aplicada quando for, de fato, necessária, mas ela não repara o dano do consumidor. O fornecedor precisa entender que o consumidor é o seu patrão. Sem ele, nenhum negócio sobrevive. E, muitas vezes, está em jogo a saúde pública. Por isso, o Procon Carioca priorizará, este ano, cursos para funcionários de empresas, a fim de melhorar o atendimento e diminuir o estresse do consumidor”, disse o presidente.