Rio - Após dois policiais militares do 41º BPM (Irajá) serem presos por executar dois homens, em Acari, na Zona Norte do Rio, o comandante-geral da PM, coronel Wolney Dias, disse que não irá afastar o comandante do batalhão e que vai intensificar os cursos de reciclagem de policiais militares para que situações assim não se repitam. “Não avalio como erro do comando. O comandante não irá ser afastado por isso. O que vamos fazer é intensificar as nossas abordagens de tiros e melhorar o treinamento baseado no relatório de vitimização policial, estudo que estamos fazendo.”
Wolney afirmou que o vídeo da execução de suspeitos em frente à escola onde Maria Eduarda foi morta o “chocou”, mas disse compreender. “Claro que não concordo. Mas é humanamente compreensível baseado no estresse que esses policiais vivem. Esse ano foram 46 policiais mortos. O PM já atua sob fortíssimo estresse. Estamos em uma guerra, em que o policial atua sob risco de morrer. O vídeo que circulou de um policial agonizando no chão, sem ser socorrido, criou um abalo e grande impacto nos policiais que estão na linha frente”, disse.
Sobre o ponto de vista do oficial, o promotor Paulo Mello, da Auditoria Militar, disse que “mesmo na guerra existem regras e há prisioneiros”.
Outro caso essa semana com suspeita de envolvimento de PMS é a morte do motoboy Luís Fernando Malaquias, atingido por seis tiros no Morro da Formiga, na Tijuca, na quarta-feira.
De Adriana Cruz, Bruna Fantti, Jonathan Ferreira, Paola Lucas e do estagiário Rafael Nascimento, com supervisão dos repórteres