Por karilayn.areias

Rio - Os pais de Maria Eduarda Alves Ferreira, morta durante um confronto em Acari, na Zona Norte do Rio, estiveram na Assembleia Legislativa (Alerj) na tarde dessa segunda-feira. Rosilene Alves Ferreira, de 53 anos, e Antônio Alfredo da Conceição, de 63, foram recebidos pela Comissão de Direitos Humanos e segundo o advogado da família, João Tancredo, o encontro teve o objetivo de pedir rigor nas investigações. 

Antônio Alfredo e Rosilene%2C pais de Maria Eduarda%2C na Comissão de Direitos Humanos da AlerjMarcio Mercante / AG. ODIA

"Até o momento, só tivemos promessas. Mas, a família vai lutar pelos seus direitos. Nós temos que nos preocupar com a questão emocional dessa família. Eles estão destroçados. Eles precisam de atendimento piscicológico imediato. E o Governo do Estado tem que arcar com isso, como já fez com outras famílias. A família não abre mão de nenhum direito, e eles tem o direito a uma indenização. Claro que dinheiro nenhum trás de volta a Maria Eduarda. Mas, é um direito deles", disse João Tancredo. 

Ainda segundo o advogado, as investigações apontam que os disparos que atingiram a menina partiram do lado onde os policiais militares estavam. "Pessoas que estavam no local que tentavam socorrer a Maria Eduarda contam que os autores do disparos continuaram atirando em direção aos alunos, mesmo depois da menina ter sido baelada. Lamentável esse comportamento. Precisamos apurar o que de fato aconteceu". 

Anderson Rodrigues Pereira, tio e padrinho de Maria Eduarda, também participou da reunião. De acordo com ele, a família aguarda por providências da prefeitura e governo do estado. Durante conversa com a imprensa, o rapaz também reforçou que aguarda o resultado das investigações. "Agora o que a gente precisa fazer é esperar o que a DH (Delegacia de Homicídios) vai dizer a respeito de tudo isso". 

O deputado estadual Marcelo Freixo, que também é Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, disse que o gabinete garantiu que haja atendimento psicológico e que a DH receba a família. "Uma mãe enterrrar uma filha nunca pode ser naturalizado. Precisamos ouvir essa família e ter respeito por essa dor", disse.


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