Rio - Um homem, de 33 anos, morreu por febre amarela no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, no Noroeste do Rio. O caso ocorreu no dia 26 de fevereiro, mas a suspeita da doença só foi confirmada na noite desta segunda-feira, após divulgação do resultado de um exame coletado pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels.
Esse já a terceira morte por febre amarela no Estado do Rio. A Secretaria Municipal de Saúde ressaltou que a vítima era moradora de Porciúncula, que fica a 50 km de Itaperuna. Em nota oficial publicada no Facebook, o secretário de Saúde, Alexandre Martins, afirmou que não existe nenhum caso suspeito da doença na cidade.
Até a publicação desta reportagem, nenhum representante da Secretaria Municipal de Porciúncula foi encontrado.
Morte de idoso após tomar vacina contra febre amarela acende alerta
A morte de um idoso, de 69 anos, morador de Silva Jardim, na Região dos Lagos, que havia tomado a vacina contra a doença 11 dias antes, acende um alerta. Afinal, a vacina pode levar à morte? Em que casos?
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“Foi uma fatalidade infeliz. Por isso temos tanto cuidado em recomendar a vacina para maiores de 60 anos. Em cada 3 milhões de doses da vacina da febre amarela, pode haver um evento adverso grave (morte). E os idosos têm o dobro de risco de sofrer um evento adverso grave”, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, Isabella Ballalai.
?A Secretaria Municipal de Saúde de Silva Jardim confirmou a morte e informou que um novo teste indicará se o homem foi vítima da febre amarela silvestre ou da vacinal — esta última provocada como reação ao próprio imunizante. O município faz divisa com Casimiro de Abreu, onde sete pessoas contraíram a versão silvestre da doença, entre elas, Watila dos Santos, que morreu em 11 de março.
O paciente de Silva Jardim morreu na quinta-feira, no Complexo Hospitalar de Niterói, onde estava internado, mas só ontem saiu o resultado do exame positivo para febre amarela. Os exames iniciais deram negativo para dengue, zika e chikungunya. De acordo com a secretária de Saúde, Tereza Abrahão Fernandes, o homem apresentou os sintomas dias depois de tomar a vacina. Ele chegou a ser atendido na Policlínica do município, mas foi transferido para Niterói, onde o quadro se agravou.