Rio - Evangelista Cordeiro da Silva, de 71 anos — morto a tiros na porta de casa, no Mandela 2 (parte da comunidade de Manguinhos), na tarde da última segunda-feira — foi enterrado nesta terça, no Cemitério de São Francisco Xavier, no Caju. A despedida do idoso foi marcada por grande comoção e familiares levaram uma bandeira do Brasil perfurada por tiros, simbolizando a violência no país.
De acordo com o filho de Evangelista, PMs da UPP seriam responsáveis pelos disparos que matou o idoso. "Os policiais já entraram atirando, não interessa quem estava na frente. Quem está na frente eles já 'metem bala', não importa se é bandido ou morador, como o meu pai hoje, que foi atingido sentado na cadeira (sic)", disse o filho, Marcelo Cordeiro da Silva, 37 anos, que trabalha como açougueiro.
Na tarde de onte, moradores da comunidade chegaram a fechar a Avenida Leopoldo Bulhões e atearam fogo em objetos na pista em protesto a morte de Evangelista.
Evangelista estaria lendo jornal na porta de casa quando foi atingido na cabeça. A PM chegou para tentar impedir o protesto na via e o policiamento foi reforçado. A Polícia Civil também esteve no local recolheu cápsulas encontradas na cena do crime e a foi perícia realizada. A Delegacia de Homicídios vai investigar o crime, mas ainda não foi dado nenhum detalhe sobre o caso.
A vítima era dona de um pequeno comércio na comunidade, onde vendia bebidas e produtos alimentícios.
