Rio - A Polícia Civil encerrou a greve iniciada em janeiro, mas o cenário de penúria é o mesmo. Salários, 13º salário e Regime Adicional de Serviço (RAS) estão atrasados desde 2016, o Sistema Integrado de Metas está suspenso desde o segundo semestre de 2015, e falta de material de higiene e manutenção nas delegacias.
Em audiência com representantes do governo, Ministério Público Estadual e Ministério Público do Trabalho, foram aprovados três calendários para que o estado avalie e defina um para o pagamento dos servidores do setor. “Foi sinalizado um contrato emergencial pelos próximos seis meses para garantir serviços de informática”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio (Sindpol), Marcio Garcia.
A greve chegou ao fim após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira, que proíbe policiais de parar as atividades por serem considerados prestadores de serviços essenciais à sociedade. Quando soube que a greve acabou, o vigilante Leoni de Souza, de 30 anos, procurou uma delegacia logo pela manhã para registrar queixa.
“Fico mais aliviado de ter voltado o atendimento. Precisamos desse respaldo”, disse. Já Luciano Paes, de 49, apoia a paralisação, com ressalvas: “Sou a favor do trabalhador poder reivindicar seus direitos, mas precisamos ter acesso a direitos essenciais”.