Rio - O ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) Henrique Alberto afirmou em depoimento à Justiça, nesta terça-feira, não ter conhecimento do recebimento de vantagem econômica indevida em obras pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), alvo da Operação Calicute.
Alberto foi chamado para depor como testemunha de defesa de Cabral. O ex-presidente da DER-RJ ocupou o cargo de 2007 a 2014. Ele também negou interferência de Cabral em licitações para indicar empresas. "Ao que compete ao DER nunca houve (a interferência)", afirmou.
As licitações do DER são feitas por uma comissão do órgão. As indicações dos membros dela são feitas pelo presidente. Questionado se tinha liberdade total para atuar, ele negou. "Nunca se tem autonomia decisória total. Na questão financeira, não tinha", disse Alberto.
Outra testemunha convocada pela defesa de Cabral não compareceu nesta terça-feira, mas teve audiência remarcada para o dia 24, às 15h. Sérgio Lins Andrade, um dos sócios da Andrade Gutierrez, não foi localizado pelo oficial de Justiça, mas após ser contatado pela Justiça aceitou prestar o depoimento posteriormente. Andrade será a última testemunha a ser ouvida no âmbito da Calicute. Na sequência, terão início os interrogatórios.