Rio - O júri popular de Sailson José das Graças, que ficou conhecido como "Monstro de Corumbá" após dizer que matou 43 pessoas na Baixada Fluminense, foi adiado. Previsto para esta terça-feira, o julgamento só ocorrerá no dia 30 de janeiro de 2018 a pedido do Ministério Público do Rio (MP-RJ), que pede outro exame de sanidade mental.
Sailson seria julgado nesta terça-feira pelas mortes de Fernanda da Silva Hazelman e do bebê dela, Pedro Hazelman dos Santos, de 2 anos. Entretanto, o juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, acatou o pedido do MP pedindo o adiamento para ser realizado o exame complementar. O exame anterior constatou que o assassino era insano, o que poderia isentá-lo de culpa.
"Considerando que a questão referente à imputabilidade do acusado em tela é de ordem pública, eis que pode afetar, inclusive, no julgamento do réu, defiro o requerimento formulado pelo Ministério Público, retiro o feito de pauta de julgamento, a fim de que seja oficiado ao serviço de perícias do Instituto Heitor Carrilho determinando a realização de consulta médico legal, nos termos do requerimento ministerial", diz a decisão, justificando o novo júri daqui a quase nove meses para que "haja tempo hábil para a realização de todas as providências determinadas."
Segundo a investigação, Sailson seguiu e Fernanda até a sua residência, no bairro de Santa Rita, em Nova Iguaçu, e a matou por asfixia. Como o bebê começou a chorar, ele decidiu matá-lo aplicando 14 facadas. O crime ocorreu em fevereiro de 2010.
O "Monstro de Corumbá" também responde pelo assassinato de Paulo Vasconcellos, morto em novembro de 2011, no bairro do Amaral, também em Nova Iguaçu. Ele e sua companheira, Cleusa Balbina de Paula, mataram a vítima por causa de uma dívida de R$ 40.