Por luana.benedito

Rio - Mais um jovem foi morto no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), Felipe Farias foi atingido na cabeça por um disparo, na noite desta quarta-feira. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, mas são resistiu aos ferimentos. O CPP não esclareceu se o disparo que atingiu Felipe partiu de suspeitos de tráfico da região ou de policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Com a ocorrência do rapaz, o Complexo do Alemão já registra quatro mortes em menos de uma semana. Um protesto foi realizado nesta noite, após o enterro do adolescente Paulo Henrique, morto nesta segunda-feira, e terminou em tiroteio e confusão.

Ainda segundo a CPP, criminosos de diversas localidades do Complexo do Alemão atiraram contra policiais e também na direção das bases nesta quarta-feira. Houve confronto. A ação aconteceu no momento em que um protesto era realizado na Avenida Itaoca, no acesso à comunidade Nova Brasília.

De acordo com a Polícia Militar, durante a manifestação, pedras e garrafas foram arremessadas na direção dos policiais, que também impediram que um ônibus fosse incendiado na via. O policiamento está reforçado por policiais de outras UPPs, batalhões de área e o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). 

Moradores sofrem com a violência 

O adolescente Paulo Henrique de Oliveira morreu na manhã desta terça-feira. O menino de 13 anos estava em casa quando foi atingido na barriga, na localidade conhecida como Chuveirinho, na Grota. O adolescente chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, mas não resistiu.

De acordo com avó do menino, Marinete Martins, ele estava indo para a casa de um amigo jogar videogame. "A família soube por um vizinho, que o viu no chão. Ele era calmo e estudioso. Todos os dias têm confrontos", lamentou. Abalada, a mãe de Paulo Henrique não quis conversar com a imprensa.

Os moradores do Alemão têm vivido dias de guerra na comunidade. Desde a última sexta-feira, quando policiais militares começaram a instalar uma cabine blindada, no Largo do Samba, três moradores foram mortos e três PMs do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), baleados. Após o confronto desta segunda, PMs do Bope, Batalhão de Ações com Cães (BAC) e Grupamento Aeromóvel da corporação (GAM) realizam uma operação na favela na manhã desta terça-feira.

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