Por luana.benedito
Delegado pede placa alertando 'área de risco' em favelas do Complexo da MaréWhatsApp O DIA (98762-8248)

Rio - O delegado da 21ª DP (Bonsucesso), Wellington Vieira, enviou um ofício à Prefeitura nesta quinta-feira, pedindo que seja colocada uma placa escrita "área de risco" no local onde a médica Klayne Moura Teixeira de Souza foi baleada.

De acordo com Wellington, é importante sinalizar para a população que áreas como Favela Nova Holanda, Parque União, Parque Rubens Vaz, no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, são perigosas.

Ao DIA, o delegado disse que a medida é importante para que que o turista não pense que esteja visitando um “lugar com flores”. “Não basta colocar uma placa falando ‘Nova Holanda’. O turista pode achar que lá é um lugar com flores, com tulipas, como se fosse uma referência ao país europeu. Vai entrar e levar tiro. Faço esse pedido ao prefeito para salvar vidas”, disse.

?Klayne foi baleada, na manhã desta quarta-feira, ao entrar por engano na favela Nova Holanda. Segundo o delegado, a cearense teria entrado na comunidade guiada pelo aplicativo "Waze" e teria visto traficantes com armas. Ao acelerar, a jovem foi ferida no braço e o carro em que ela estava atingido por diversos disparos.

Procurada pelo DIA, a Prefeitura informou por meio da CET-Rio que até o momento, não recebeu nenhuma solicitação de implantação de placas no local onde a médica foi baleada e ressaltou que a sinalização é restrita a orientação de tráfego.

De acordo com a CET- Rio, as vias principais no entorno da Avenida Brasil, Amarela e Linha Vermelha apresentam sinalização de orientação nos entroncamentos indicando destinos como Zona Sul, Zona Norte e Centro sempre pelos caminhos principais.

A CET-Rio informou ainda está preparando a sinalização de reforço nas avenidas Brasil, Bento Ribeiro Dantas e Linha Vermelha com o intuito de conduzir os motoristas a se manterem nas vias principais evitando o uso de rotas alternativas indicadas por GPS e outros meios.

Vítimas fatais ao entrar por engano na Maré 

Durante os Jogos Olímpicos, em agosto de 2016, um integrante da Força Nacional foi baleado na cabeça na Vila do João, no Complexo da Maré. Ele chegou a ser internado em estado grave no Hospital Salgado Filho, no Méier, mas não resistiu aos ferimentos. A equipe da Força Nacional da qual Helio fazia parte tentava entrar na Linha Amarela em direção ao Parque Olímpico, mas entrou na comunidade por engano. 

Em 2013, o engenheiro Gil Augusto Barbosa, de 53 anos, foi morto, após ser atingido com um tiro na cabeça ao errar o caminho e entrar também na Vila do João. Ele estava indo buscar sua mulher no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, quando recebeu uma ligação da esposa avisando que já estaria em um táxi de volta para casa. O homem teria procurado um retorno e entrado por engano na favela.


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