Rio - O desaparecimento de uma paciente de 81 anos, de dentro do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, está sendo investigado pela polícia. Lourdes Conceição de Souza deu entrada na unidade no dia 7 de março, após passar mal na rua e desmaiar.
A idosa foi levada, desacordada, em uma ambulância do Corpo de Bombeiros, com suspeita de Acidente Vascular Cerebral. Após dar entrada na emergência do hospital, ela foi encaminhada para tomografia. E desde então não há mais pistas da paciente.
“O hospital não sabe explicar o que ocorreu. Ela deu entrada muito mal, segundo os bombeiros. Mas no mesmo dia teria desaparecido”, contou o delegado Gabriel Poiayba, do setor de desaparecidos da Divisão de Homicídios (DH) de Niterói e São Gonçalo.
Lourdes morava sozinha em Niterói e sua família é de Brasília. O seu desaparecimento só foi percebido pela família cerca de dez dias depois. Os familiares, então, procuraram a delegacia de Niterói, que encaminharam o caso para a DH do município, unidade que possui um núcleo de investigação para desaparecidos.
“Quando soubemos do caso, fizemos um levantamento por hospitais do estado. Foi quando soubemos que ela foi internada no Souza Aguiar. Mas o hospital não sabe qual foi o destino da paciente. Pedimos imagens, mas parece que as mesmas são apagadas após cinco dias de filmagem”, disse Poiayba.
De acordo com o sobrinho da vítima, Fábio Grecchi, que mora em Brasília, Lourdes pode ter passado mal ao ir no Campo de Santana, no Centro. “Ela gostava muito de gatos e costumava dar comida aos animais. Como ela alimentaava os gatos em Niterói, desconfiamos que ela tenha ido até o Campo de Santana para isso também, quando passou mal”.
Segundo Crechi, Lourdes não mantinha muito contato com os parentes. “Por isso demoramos a saber do desaparecimento. Mas estamos em contato direto com a polícia e muito preocupados”, desabafou.
A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde informou que “se um paciente quiser levantar e sair, ele poderá sair. Ela (Lourdes) não recebeu alta, mas a unidade acredita que ela tenha saído por conta própria ao ir para a tomografia. O hospital não pode segurar a paciente, não é cárcere privado”.