Por thiago.antunes

Rio - Que pecado. Os jogadores do Colégio Pio Brasileiro — formado por padres e seminaristas que estudam em Roma —, perderam agora há pouco de 3 a 0 para a equipe da Pontifícia Universidade Gregoriana, e estão fora da 11ª edição da inusitada Clericus Cup, a Copa do Mundo dos Sacerdotes Católicos, ou Campeonato Mundial Pontifício, como também é conhecida a competição disputada no Vaticano desde março.

Os brasileiros não conseguiram superar a boa equipe da Universidade GregorianaDivulgação / Clericus Cup

As semifinais agora terão os seguintes jogos: Gregoriana X Redemptoris Mater e Urbaniana X Mater Ecclesiae. Os “batinas verde e amarelas”, como são chamados, jogaram bem, segundo informou pelo Whatsapp ao DIA (98762-8248), o capitão do Pio Brasileiro, padre Neimar (com I), meio campista de 34 anos, cortejado pela imprensa romana por ser xará do atacante Neymar.

“Lutamos muito e reconhecemos que a Grecoriana é realmente bem mais forte. Mas foi uma ótima experiência. Só temos a agradecer a todos pelo carinho, pela torcida aqui e no Brasil, e pelas ótimas amizades que fizemos, num clima muito fraterno”, resumiu Neimar.

Clericus Cup terminou para os padres brasileirosDivulgação / Clericus Cup

“Perdemos o jogo, mas ganhamos muito no espírito de união e novas amizades”, completou o lateral direito Leandro Nunes Teixeira, de 35 anos, pároco de Volta Redonda, no Sul Fluminense, no melhor estilo “vamos, agora, em paz, e que o Senhor nos acompanhe”.

Os torcedores católicos, porém, juram que não deram uma de Judas Iscariotes e nem Pilatos. “Nunca traímos nossa confiança no Pio Brasileiro e nem viramos as costas para o time. O problema é que a Gregoriana tem jogadores bem novos e goleadores. Só num jogo (contra o Collegi Spagnolo), meteram oito a zero. Imagina?. Estamos orgulhosos dos nossos padres atletas”, garante, resignado, João Baptista Laureano, 39, da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, na Lapa, que, do Rio, acompanha o campeonato pelo site www.clericuscup.it.

A copa, que reúne 404 padres de 66 nacionalidades em 18 times. As regras são um pouco diferentes do futebol convencional. O tempo para cada lado é de 30 minutos e não 45. E há apenas um cartão, de cor azul, que, diante de alguma indisciplina, digamos, menos religiosa, bota o faltoso para “pensar e se arrepender do que fez” por pelo menos oito minutos. A melhor performance dos brasileiros no campeonato foi em 2010, com um terceiro lugar.

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