Por gabriela.mattos

Rio - Um dos suspeitos de participar do estupro coletivo contra uma menina de 12 anos, na Baixada Fluminense, é o namorado da vítima. A informação foi confirmada pela delegada Juliana Emerique, titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), na tarde desta quinta-feira. Nesta manhã, policiais civis fizeram uma perícia na casa onde ocorreu o crime, na comunidade da Chatuba, em Mesquita, e apreenderam câmeras fotográficas, camisinhas e celulares.

Na casa, viviam o namorado da menina e a mãe dele. A polícia encontrou o local revirado e sem as roupas no armário. A informação é de que o tráfico os expulsou do local, depois da repercussão do caso.

De acordo com as investigações, o adolescente, de 17 anos, convidou a menina para ir a sua casa, enquanto a mãe dele estava trabalhando. Quando a garota chegou, encontrou outros dois adolescentes, de 16 e 17 anos, na casa. Eles a levaram para o quarto e iniciaram a agressão. Logo depois, o namorado chegou, acompanhado de um rapaz de 18 anos. Os quatro consumaram o estupro.

Polícia periciou casa onde ocorreu estupro coletivo na Baixada FluminenseDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

Na última terça-feira, um menor de idade se entregou no Fórum de Madureira. De acordo com a polícia, o suspeito foi reconhecido pela criança. A menina foi atendida no Centro de Atendimento ao Adolescente e à Criança (Caac), no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, nesta segunda-feira. A garota passou por tratamento profilático contra doenças sexualmente transmissíveis e fez exame de corpo de delito.

Ela foi ouvida no próprio hospital e não na delegacia, por policial capacitado para entrevistas com crianças e adolescentes vítimas de violência. O depoimento foi gravado, para que a vítima não tenha que repetir a história para policiais, promotor e juiz. Quatro agressores que aparecem no vídeo do estupro foram identificados por seus apelidos.

No vídeo, que a delegada da Dcav descreveu como ‘grotesco’, ‘hediondo’ e ‘nefasto’, é possível ouvir a fala: ‘Cala a boca, se alguém ouvir sua voz vai saber que é ‘tu’’’. “Não há dúvida alguma que a vítima foi obrigada, desde o início, a todo o ato. Você vê na gravação o temor dela, os gritos de pavor. Isso comove qualquer um”, disse Amorim.

?Com informações do Estadão Conteúdo

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