Rio - Sete pessoas já foram presas durante uma operação da 118ª DP (Araruama) para cumprir 13 mandados de prisão e 26 mandados de busca e apreensão, em Araruama, Região dos Lagos, nesta quinta-feira. Entre os presos, segundo a polícia, está Celso Cunha de Andrade, conhecido como Diquinho, que é suplente de vereador e apontado parte do bando que atua no tráfico na localidade conhecida como Fazendinha. Ele também é tido como um dos autores da morte de um Guarda Civil na cidade, em janeiro deste ano.
O delegado Luiz Henrique disse ainda que os investigados são apontados como principais integrantes de organização criminosa que domina o tráfico de drogas na localidade da Fazendinha. Segundo informações, Celso Cunha de Andrade, conhecido Diquinho, é apontado como chefe do bando. Entretanto, após a tomada da liderança do tráfico na região, Diquinho teria sido rebaixado a "vapor" (que vende as drogas).
Ainda segundo a investigação, Diquinho é influente na região e concorreu a cargo de vereador em 2016. Ele não foi eleito, mas ostenta a condição de suplente do cargo no município de Araruama. Celso também é apontado como um dos autores da morte do Guarda Civil de Araruama, Gilberto Pereira Andrades, em 27 de janeiro deste ano.
Tráfico local controlado por bandidos da Maré
As investigações apontam que o tráfico de drogas na região passou a ser comandado por bandidos da Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, quando Diquinho perdeu a liderança do crime local. O novo líder passou a adotar práticas de extrema brutalidade, de acordo com a polícia. Segundo o delegado, PMs passaram a ser alvos de tiro e moradores impedidos de circular livremente pela comunidade.
Também foi descoberto que o novo comando passou a exigir colaboração mensal dos criminosos para formar “caixa” da quadrilha. Um dos principais aliados do bando foi identificado como Alexandre da Silva Guimarães, que fornece as drogas vindas de comunidades do Rio e são distribuídas para venda na Fazendinha.
A operação da 118ª DP desta quinta-feira contou com o apoio operacional de diversas delegacias e do 4º Departamento de Polícia de Área (4 DPA), assim como do Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI), do Departamento Geral de Polícia da Baixada, através da 65ª DP (Magé), 66ª DP (Piabetá) e 67ª DP (Guapimirim), bem como da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), que forneceu cães treinados para farejar drogas.