Rio - Japeri está a um passo de selar relações bilaterais com a China, país fornecedor de mão de obra, no século 19, para a construção do ramal ferroviário da Central do Brasil, que hoje leva o nome da cidade.
Ontem, o prefeito Carlos Moraes e o secretário municipal de Urbanismo e Habitação, Vinícius de Oliveira Araújo, apresentaram ao cônsul geral da China no Rio, Li Yang, um esboço do memorial que o município vai erguer em breve em homenagem aos cerca de 5 mil chineses que morreram na Baixada Fluminense.
Eles foram vítimas de malária, febre amarela e leishmaniose, entre outras doenças, durante a construção da estrada de ferro para ligar o Rio de Janeiro à estação de Belém, em Japeri.
No encontro, na sede do Consulado, em Botafogo, Moraes disse a Li Yang que empresas processadoras de produtos chineses seriam bem-vindas a Japeri, localizada estrategicamente próxima do Porto de Itaguaí e ao lado de grandes rodovias, como a Via Dutra e o Arco Metropolitano. Araújo acrescentou que Japeri pode se tornar também um grande polo de confecções, fabricando roupas a partir de têxteis chineses.