Rio - A Assembleia Legislativa arquivará os oito pedidos de impeachment protocolados contra o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). A procuradoria da Alerj emitiu parecer técnico contrário à abertura dos processos, e o presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB), assinou ontem o documento que envia a papelada para os arquivos do Palácio Tiradentes. A decisão será publicada no Diário Oficial da próxima segunda-feira.
Trata-se de mais uma boa notícia para Pezão. Nos últimos nove dias ele também viu, em Brasília, a aprovação do plano de recuperação fiscal dos estados e, na Alerj, a do aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%.
Gangorra do poder
Ao ser informado do arquivamento pela coluna, um deputado governista brincou: “A situação inverteu. O Pezão está melhor que o Temer”.
Datas
Os oito pedidos de impeachment que se acumulavam na Alerj foram protocolados entre os anos de 2015 e 2017.
Diversidade
Os autores dos pedidos variam: foram feitos pela bancada do Psol, pelo deputado Flávio Bolsonaro (PSC), pelo Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) e também por pessoas físicas.
O ‘x’ da questão
Deputados e senadores já não se perguntam se Temer vai cair. A questão agora é ‘como’ e ‘quando’ ele deixará a Presidência. Alguns avaliam que a sobrevida pode durar até depois do recesso de julho. Negociações para a transição estão pegando fogo.
Presidenciáveis?
Apesar de o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), liderar as preferências na Casa em uma eventual eleição indireta, o PSDB de São Paulo se esforça para colocar o senador tucano Tasso Jereissati (CE) no páreo.
Reforma Política
Ganha força no Congresso o ‘distritão’, modelo no qual são eleitos apenas os mais votados. Hoje, políticos sem grande expressão conseguem se eleger graças a coligações com puxadores de votos. Na Câmara, a mudança é articulada pelo deputado Celso Pansera (PMDB-RJ).
Já tem data
O encontro de deputados federais do Rio favoráveis à intervenção federal no estado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, será terça, às 17h.
Só que não...
A passagem de ônibus subiu de novo. A gasolina e o diesel caíram. Um belo incentivo ao uso do transporte público, não?