Rio - A vacinação contra a gripe começou, nesta segunda-feira, nos postos de saúde do Rio. Até sexta-feira, quando foi liberada para toda população, a vacina foi aplicada em idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a quatro anos, trabalhadores de saúde, gestantes e mulheres até 45 dias após o parto e alguns casos em que o paciente tem recomendação médica por escrito, além de professores dos ensinos básico, médio e superior e presos e funcionários do sistema prisional. A campanha de vacinação contra a gripe termina na próxima sexta-feira.
A vacina pode ser obtida nas clínicas da família e centros municipais de saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, é possível verificar a unidade mais próxima através do site www.rio.rj.gov.br/web/sms ou pelo telefone 1746. As doses são excedentes da campanha para pessoas dos grupos de risco, e serão oferecidas enquanto durarem os estoques.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que o município vacinou, até agora, cerca de 1,34 milhão de pessoas. A cobertura dos grupos prioritários está em torno de 70%, ainda abaixo da meta da pasta, que é alcançar 90% da população alvo, mais vulnerável aos quadros graves e complicações da doença.
Apesar do Ministério da Saúde ter liberado a vacina, pelo menos um posto não dispunha das doses para todas as faixas etárias. Quem foi na Praça Onze, na manhã desta segunda, não conseguiu tomar a vacina. A determinação, segundo funcionários que pediram para não ser identificados, foi da SMS. Já na Tijuca, a vacina está sendo aplicada normalmente.
A encarregada de departamento pessoal Ana Lúcia Marvita, de 48 anos, deixou a manhã livre para levar a filha de 7 anos para vacinar. Mas, ao chegar ao posto da Praça Onze, foi informada que a criança não poderia ser imunizada, pois as vacinas disponíveis eram apenas para o grupo de risco. "Ontem, eu vi na TV que já estavam liberadas as doses. Fiz o meu horário hoje para trazer a Sophia aqui. Só a trouxe porque é muito importante a vacinação, mas dei com a cara na porta", reclamou a mulher.
Na Tijuca, o estudante Lucas Hassib Camina, de 19 anos, foi o primeiro a chegar e conseguiu ser vacinado rápido. "Cheguei antes das 7h para garantir a minha dose. Muita gente não leva a sério, mas é importante a prevenção da doença. Podendo se prevenir é a melhor decisão", disse o rapaz.
Segundo a SMS, a orientação sobre a mudança de perfil da vacina ainda está sendo feita. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde (SES), por telefone, o Estado recebeu as vacinas que foram repassadas às prefeituras e as doses são de responsabilidade de cada prefeitura.
Vacinação em condomínios
A vacinação também está sendo oferecida em alguns postos móveis, instalados em grandes condomínios. Na Rua Gonzaga Bastos, na Tijuca, por exemplo, um condomínio recebeu o serviço.
Os vizinhos de outros edifícios também podem se vacinar no local, dispensando a ida à clínica. Quem se vacinar nos postos móveis também pode aproveitar e se cadastrar para atendimentos na Clínica da Família.
Reportagem do estagiário Rafael Nascimento, sob supervisão de Maria Inez Magalhães