Rio - Diariamente, desde o dia 20, um grupo de 80 a 100 pessoas tem entrado na sede do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope),em Laranjeiras, na Zona Sul, para.... rezar. Isso mesmo.
Os fiéis assistem aos cultos na mais nova igreja aberta no Rio de Janeiro: a da Congregação Evangélica do Bope, instituição fundada em 1995 pelos agentes do batalhão, a tropa de elite da Polícia Militar mais temida do país.
“Estamos muito felizes com essa conquista e por poder mostrar à sociedade que na nossa instituição há pessoas de fé que, além de suas missões militares no dia a dia, buscam levar a palavra de Deus à comunidade, interagindo e ficando cada vez mais próximas a ela”, afirma o presbítero e subtenente do Bope André Monteiro.
O templo foi erguido numa área de 80 metros quadradros, ao lado do saguão onde cultos comemorativos maiores são realizados e onde existe uma enorme bandeira da corporação, com o tradicional símbolo da faca na caveira. A obra custou entre R$ 40 mil e R$ 50 mil.
Mas todo o material usado foi doado, segundo Monteiro, por simpatizantes do Bope em todo o país, como membros da Associação do Ministério Público do Norte e Nordeste; magistrados, como o juiz federal Wilson Douglas, e pela própria corporação. A mão de obra integrou PMs e moradores da favela Tavares Bastos, onde fica a unidade.
A igreja da congregação, que já recebeu visitas de estrelas do mundo gospel, como as cantoras Fernanda Brum e Ana Paula Valadão, tem telhado com forros isolantes de calor e frio. Para entrar na sede do Bope, porém, os fiéis têm que se identificar.
Quem carrega mochila é revistado. “São regras básicas de segurança”, ressalta Monteiro, lembrando ainda que, após os cultos, não se pode visitar a unidade. Existe um programa específico para isso, com agendamento.
Os cultos são animados pela Tropa de Louvor, a banda gospel do Bope, que tem um CD lançado e cujos músicos são conhecidos como ‘Caveiras de Cristo’. No dia da inauguração, o presidente da ONG Rio de Paz, o também pastor Antônio Carlos Costa fez uma pregação, falando da importãncia espiritual do “nascer de novo”. Nos cultos, há leituras bíblicas, testemunhos e orações. “Para nós, missão dada é missão cumprida. Inclusive quanto às coisas de Deus”, finalizou Monteiro.