Rio - “Irmã, não estou em casa, peça a minha mãe para ir (ao hospital) com vocês”. Esse foi o último contato que a família do atendente de telemarketing Carlos Henrique da Silva Mendes, de 30 anos, teve com ele. A conversa foi pelo telefone, na última segunda-feira, às 20h30, e desde então ele não mais apareceu.
Segundo outra irmã dele, Érica Valéria Marinho da Silva, de 20, Carlos tinha combinado de levar a sobrinha, que está doente, ao hospital naquele dia, mas saiu de casa, em Cosmos, na Zona Oeste, às 19h30. O caso está registrado na 48ª DP (Seropédica). O carro dele, um HB20, foi encontrado pela família 24 horas depois que ele saiu de casa, na comunidade Jardim Paraíso, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Desde então, a família de Carlos vive a angústia da espera por ele, e enfrenta uma verdadeira via crúcis percorrendo hospitais e Instituto Médico-Legal (IML) na tentativa de encontrá-lo. Érica contou que que ficou sabendo que Carlos perguntou a uma amiga como se chega em Seropédica, na Baixada, pelo Arco Metropolitano. "Mas ela disse que não era pra ele ir, pois estava muito perigosa a região. O meu irmão é uma pessoa do bem. Nunca fez mal a ninguém. Ele sempre morou com a minha avó, e ela e a minha mãe estão a base de remédios", disse Érica.
Ainda segundo ela, Carlos teria saído de casa apenas com a roupa do corpo, a carteira de habilitação e o carro. “O telefonema anônimo dizendo onde estava o carro foi feito por uma idosa. Ela disse que sabia do carro, mas não do corpo”, lembrou Erica que, nesse momento, começou a buscar pelo irmão.
Nas redes sociais amigos pedem ajuda para encontrar o rapaz. Quem tiver qualquer informação que possa ajudar nas buscas de Carlos Henrique da Silva Mendes pode entrar em contato com familiares do jovem pelos telefones (21) 98530-8344/ (21) 96476-7618.
Reportagem do estagiário Rafael Nascimento sob supervisão de Maria Inez Magalhães