Rio - Bandidos usaram explosivos para atacar uma agência do Bradesco, na Rua João Ribeiro, em Pilares, Zona Norte, na madrugada deste domingo. Dos cinco caixas eletrônicos do local, um foi totalmente danificado. Segundo testemunhas, cerca de 10 criminosos invadiram a loja. Essa foi a terceira vez que a instituição financeira é alvo deste tipo de crime no Rio.
Os vidros da agência bancária foram estilhaçados, e, de acordo com os relatos, os bandidos usaram dois veículos para fechar a via enquanto praticavam o crime. O caso foi registrado na 24ª DP (Piedade).
De acordo com policiais, até o fechamento desta edição, o banco não havia informado a quantia de dinheiro levado pelos criminosos.
Moradores da região relataram ainda sentir tremores em suas casas por conta da explosão. Uma moradora que não quis se identificar disse que este tipo de crime não é frequente na região. “Moro aqui há 40 anos e nunca vi nada parecido. Foi tão assustador que acordou a rua inteira”, contou.
As explosões de caixas eletrônicos dispararam no Estado do Rio. E pelo menos cinco foram registradas só neste ano.
O crescimento desse tipo de crime no Rio, este ano, levou o Ministério Público e a Polícia Civil a investigarem possível participação do Primeiro Comando Vermelho (PCC) — facção criminosa de São Paulo — nos assaltos às agências, conforme mostrou reportagem do DIA em 15 de abril.
As autoridades apontaram que explosões a caixas são recorrentes em São Paulo e, por isso, também não descartaram haver troca de experiências e informações do PCC com criminosos do Rio. A investigação está em andamento.
Segundo a Polícia Civil, há semelhanças entre as ações dos bandidos que têm atuado no Estado do Rio e em São Paulo.
Uma ação da Polícia Militar e do Ministério Público no mês de abril prendeu 20 suspeitos de participar de uma quadrilha que explodia e roubava caixas eletrônicos pela cidade.
Segundo as investigações, cerca de R$ 2 milhões foram roubados desde agosto de 2016. A Polícia Civil ainda não informou se o caso ocorrido na madrugada de ontem se assemelha às ações praticadas pela quadrilha de São Paulo.
Reportagem da estagiária Bruna Motta, com supervisão de Adriana Cruz