Por rodrigo.sampaio

Curitiba - O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, em uma ação da Lava Jato, neste terça-feira, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A decisão foi publicada pela Justiça Federal nesta manhã.

Adriana Ancelmo, mulher de Cabral, foi absolvida por falta de provas. Já Cabral terá que cumprir a pena, inicialmente, no regime fechado. O processo é referente a investigação de recebimento de propinas nas obras do Comperj, Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.

Foram condenados também Wilson Carlos Cordeiro de Silva Carvalho, que era secretário do governo do Rio na gestão de Cabral, por corrupção passiva e dois crimes de lavagem de dinheiro (dez anos e oito meses de prisão); e Carlos Emanuel de Carvalho Miranda, sócio do ex-governador, por corrupção passiva e quatro crimes de lavagem de dinheiro (12 anos de reclusão).

Sérgio Cabral, foi condenado a 14 anos e dois meses de prisão pelo juiz Sérgio MoroReprodução RPC TV

Os investigados receberam pagamento de vantagens indevidas a partir do contrato da Petrobras com o Consórcio Terraplanagem Comperj, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.  Além da corrupção passiva, Cabral foi condenado por 12 crimes relacionados a lavagem de dinheiro. Mônica Carvalho, mulher de Wilson Carlos, também foi absolvida na ação.

Na decisão, Moro afirma que os valores recebidos ilegalmente não foram recuperados. "Os valores recebidos como propinas não foram ainda recuperados perante este Juízo, havendo indícios, por exemplo, de que Sergio de Oliveira Cabral Santos Filho e Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho podem ter esvaziado suas contas antes da efetivação do bloqueio ordenado por este Juízo, pelo menos considerando os resultados modestos do bloqueio das contas dos referidos condenados".

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