Por thiago.antunes

Rio - O prefeito Marcelo Crivella (PRB) enfrenta a sua primeira prova de fogo na Câmara Municipal. E, para conseguir aprovar o aumento do IPTU, uma medida tão impopular, precisará abrir espaço na prefeitura para vereadores.

Parlamentares cobram uma reestruturação no secretariado. Até a Coordenadoria de Controle de Cemitérios é pleiteada por um vereador de partido médio ligado a uma igreja.

Já um cacique do PMDB, partido com mais vereadores (10), cobra a Subsecretaria de Conservação e Meio Ambiente. Outro peemedebista, que o orçamento da Fundação Parques e Jardins, já comandada pelo grupo, seja turbinado.

Ninho alvoroçado

Os três parlamentares do PSDB pleiteiam mudança na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, comandada hoje pela tucana Teresa Bergher. Querem que ela, vereadora licenciada, retorne à Câmara e ceda a secretaria para alguém do trio.

Argumento e ameaça

Crivella tenta resistir às investidas. Argumenta que a conversa em torno de cargos já ocorreu no início do ano. “A governabilidade foi discutida lá atrás. Ou vocês votam comigo, ou não são governo.” Para bom entendedor...

Reajuste gradual

Pelo projeto de lei, o reajuste do IPTU será gradual até 2019. No ano que vem, quem tiver o IPTU aumentado arcará com apenas 50% do valor total acrescido. Já em 2019, pagará o aumento integral.

Cronograma

Líder do governo, Paulo Messina (Pros) diz que a maior dificuldade está em convencer os vereadores a votar o projeto até 5 de julho, como quer Crivella: “No mais, não creio se tratar de medida tão impopular. São Paulo teve o valor venal (dos imóveis) atualizado em 2013. No Rio, a última atualização foi em 1997. Dois terços da cidade não pagam IPTU. É questão de justiça fiscal”.

São Paulo é aqui

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) esteve ontem no Rio. Ao cumprimentá-lo, o deputado federal Otavio Leite (PSDB) brincou: “Não sabia que São Paulo agora é aqui”. É que, um dia antes, fora a vez de o prefeito paulista, João Doria (PSDB), visitar a cidade. Curiosamente, os dois tucanos de SP são pré-candidatos à Presidência da República em 2018. Vem cá... as prévias do partido já começaram?

Tucanato

No encontro com Doria, do qual participaram também os vereadores Alexandre Arraes e Felipe Michel, o paulista disse que “respeita” e é “leal” a Alckmin, mas que o nome para disputar a Presidência “deve ser discutido no fim do ano”.

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