Rio - A operação integrada entre as polícias Militar e Civil, com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, realizada ontem, foi retomada na madrugada desta quarta-feira no Complexo da Pedreira, onde foi achado um local usado para desmanche de veículos roubados. O perímetro foi ocupado pelo Batalhão de Choque (BPChq) após ser mapeado pelo setor de inteligência do Comando de Operações Especiais da PM e os policiais retornaram com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos e Automóveis (DRFA) para recuperar o material.
De acordo com a Secretaria de Segurança (Seseg), são mais de 100 motores de carros, portas e outras partes de veículos roubados que seriam revendidos, representando um importante braço financeiro das quadrilhas de roubo de carros. O local fica próximo a divisa com o Complexo do Chapadão, em uma área de difícill acesso. Cães farejadores do Batalhão de Ações com Cães (BAC) vasculham a região em busca de armas e drogas.
Policiais do 41º BPM (Irajá) também realizam, na manhã desta quarta-feira, uma operação no Complexo do Chapadão, em Costa Barros, para combater o tráfico e o roubo de cargas na região. Os policiais lotaram três caminhões com peças de carros roubados. Além disso, oito veículos e uma moto foram recuperados.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 1268 alunos estão sem aulas por causa da operação. No total são 3 Espaços de Desenvolvimento Infantil, 1 escolas e 1 creches que não funcionaram. As unidades localizadas no Chapadão encontram-se funcionando, porém com baixa frequência.
Operação prendeu sete e dois traficantes morreram
A operação conjunta entre a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e a Polícia Militar, com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ), prendeu sete pessoas e dois traficantes morreram durante troca de tiros com a polícia. A ação, que ocorreu nos complexos da Pedreira e Chapadão, em Costa Barros, e na Favela Parque Guandu, em Japeri, na Baixada, além de outras comunidades do Rio, visava cumprir 21 mandados, de prisão e de busca e apreensão, contra criminosos que roubam cargas na região, além de responsáveis pelas mortes de três vigilantes no Arco Metropolitano que escoltavam cargas de cigarros, ocorridas em fevereiro e maio deste ano.
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Um dos presos é Jefferson Targino da Silva, conhecido como Targino, de 31 anos, líder do roubo de cargas na região do Complexo do Chapadão. Ele era procurado pela Polícia Federal (PF) e foi levado para a carceragem da PF, no Centro. Segundo as investigações, Targino era gerente e articulava equipes, que prestavam contas ao criminoso. O assaltante não tinha antecedentes criminais. A prisão foi possível através do compartilhamento de informações através do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Os demais presos foram levados para a Cidade da Polícia, em Benfica. S