Por nadedja.calado
Eles usaram a camuflagem para roubar uma carga de cigarrosWhatsApp O DIA

Rio - Os bandidos que mataram um segurança ao roubar uma carga de cigarros no Arco Metropolitano, em Japeri, Baixada Fluminense, usaram "Ghillie Suits" - roupas de camuflagem para ambientes de mata. O traje é geralmente utilizado por atiradores de elite e caçadores. 

Os seguranças que escoltavam a carga foram atacados a tiros. Um dos vigilantes, Jones de Souza e Silva, de 28 anos, morreu no local e outros dois foram socorridos para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. Benedito Charles da Silva, de 46 anos, chegou a ser atendido, mas não resistiu e morreu vítima de disparos na cabeça, tórax e mão. 

Retaliação

Vigilantes levantaram a hipótese de que o assassinato de dois seguranças que faziam a escolta armada do caminhão de cigarros no Arco Metropolitano, na manhã desta quarta-feira, foi uma retaliação das quadrilhas especializadas nesse tipo de crime, que agem na rodovia.

Um segurança que trabalha com escolta armada contou que na semana passada, uma equipe de outra empresa, mas que também faz escolta para a Souza Cruz, conseguiu evitar um assalto. “O problema é que eles (vigilantes) postaram fotos com os fuzis recuperados. Foi retaliação. A intenção era arrebentar com a escolta. Foram mais de 20 tiros no vidro da frente do carro”, afirmou.

Segurança morto seria pai este mês

Prestes a nascer, o filho do segurança Jones de Souza da Silva, de 28 anos, não vai ter o colo nem o carinho do pai quando a mãe do menino der à luz. Carla Torres, que também é segurança, está grávida de nove meses e pode ter o bebê a qualquer momento.

Jones estava na Seculus há dois anos. O empresário Roberto Santos, de 56 anos, é amigo da família e patrão da mãe de Jones, Zenir da Silva, de 60. Ela é babá do filho dele de 8 anos. “Não sei como a esposa dele não teve neném ainda diante de tudo isso que está acontecendo”, disse Roberto.



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