Por thiago.antunes

Rio - As cenas de guerra que assustaram quem passava pela Linha Vermelha na noite de domingo — com direito até a apagão na via expressa, que foi fechada nos dois sentidos enquanto bandidos do Complexo da Maré e PMs trocavam tiros — são mais um retrato da crescente insegurança que assusta moradores e visitantes do Rio. A violência já obriga muitas pessoas a mudarem hábitos para evitar ser vítima.

É o caso de Moises Sousa, morador do Rio Comprido, que já não costuma mais passar pela Linha Vermelha depois das 22h: “Hoje (ontem) tenho futebol com os amigos, não vou mais. Tive que abdicar do lazer por medo de ser atingido”.

Fábio Vasconcelos passou a usar a Avenida Brasil como alternativa à Linha Vermelha, devido aos constantes tiroteios próximo à via expressa. Ontem, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), disse estar revoltado e indignado com o que aconteceu na Linha Vermelha e cobrou mais ação do Governo Federal na repressão à entrada de armas e drogas no país:

“Não é possível que a gente tenha as nossas fronteiras permeadas a fuzil, munição e cocaína”.

Segundo a PM, o confronto na noite de domingo aconteceu durante uma operação na Favela Nova Holanda, na Maré, após manifestantes fecharem a Avenida Brasil em protesto contra o desaparecimento de dois jovens moradores. Ontem, o Batalhão de Policiamento em Vias Especiais reforçou o patrulhamento na via.

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