Rio - Servidores estaduais da Educação fizeram um protesto contra o atraso dos salários, na tarde desta terça-feira, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio. Organizado pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe), o ato tem ainda o objetivo de pedir o depósito do 13º salário do ano passado e o pagamento dos salários atrasados de pensionistas e aposentados.
A professora Cecília Guimarães, 57 anos, participou da manifestação e se algemou às grades que cercam a sede do governo do estado. Ela diz que está passando a maior humilhação de sua vida com os salários atrasados. "O Cabral mesmo preso contrata personal trainer e nós estamos sem pagamento. Sou uma servidores pública, uma trabalhadora e me sinto humilhada, numa situação extramamente degradante", afirmou Cecília.
De acordo com o Centro de Operações Rio, o ato interditou os dois sentidos da Rua Pinheiro Machado, na altura do Palácio Guanabara, por volta das 14h. As equipes da CET-Rio fecharam todos os acessos à via, no sentido Centro, e deslocaram o trânsito para o Aterro do Flamengo.
Já no sentido Zona Sul, há um bloqueio na saída do Túnel Santa Bárbara para o Viaduto Engenheiro Noronha, que também dá acesso à Rua Pinheiro Machado. Neste caso, o desvio é para a Rua das Laranjeiras, na pista sentido Cosme Velho.
A Polícia Militar e a Guarda Municipal acompanham a manifestação. O COR sugere que os motoristas optem pelo Aterro ou Rebouças caso queiram se deslocar entre o Centro e a Zona Sul.
Os motoristas enfrentam congestionamentos no Túnel Santa Bárbara, no sentido Laranjeiras, no Viaduto 31 de Março, sentido Santa Bárbara, Viaduto Santiago Dantas, Praia de Botafogo e nas ruas Farani, dos Coqueiros e Benedito Hipólito.
Segundo o Centro de Operações, por volta das 17h a Rua Pinheiro Machado e seus acessos foram totalmente liberados.
Após o fim da manifestação, Ramon Carrera, representante do Muspe, lamentou que a categoria não tenha sido recebida pelas autoridades: "Nem o governador, nem ninguém do primeiro escalão nos receberam, o que prova que o estado está à deriva".
Ele também afirma que a entidade continua tentando conseguir uma reunião: "Esperamos que a situação se normalize, a cada dia que passa a angústia do servidor aumenta ainda mais. Queremos nos reunir com o governador e é fundamental que ele encontre conosco após aderir ao Regime de Recuperação Fiscal".