Rio - A violência voltou a interromper as aulas em diversos pontos da cidade. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, 4.384 alunos foram prejudicados no Rio nesta terça-feira. O local mais atingido foi o Jacarezinho, onde os moradores têm vivido momentos de terror nos últimos dias. Ao todo, 2.291 jovens foram prejudicados. Segundo a secretaria, três escolas, três creches e dois EDIs não abriram nesta manhã.
Por causa do confronto, um escola em Maria da Graça, bairro próximo à favela, também foi fechada e 850 estudantes não tiveram aulas. Nas redes sociais, os internautas contaram que o tiroteio começou no início do dia. Um deles flagrou o momento em que uma fumaça atingia um trecho da favela. A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) informou que não está fazendo operações no Jacarezinho nesta terça.
"Vivemos uma guerra aqui. Deus nos proteja", pediu um dos moradores. "Não aguentamos mais esses tiroteios, pedimos paz!", reforçou mais um deles. "Muito tiro mesmo", disse outro. No fim de semana, um policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) foi morto e outro baleado em confronto na comunidade. No domingo, policiais civis prenderam o chefe do tráfico da favela, Nilson Roger da Silva Freitas. 'Roger do Jacarezinho' foi encontrado em uma mansão de luxo em Goiás.
As comunidades da Covanca e do Barão, na Praça Seca, onde policiais do 18º BPM (Jacarepaguá) fazem uma operação com ajuda de drones, também registraram confrontos. Duas escolas e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) não abriram, deixando 1.143 estudantes sem aula.
Na Mangueira, uma escola com 850 alunos foi fechada por causa da operação na comunidade. Até o momento, a PM não divulgou um balanço das ações que ocorrem nesta terça.