Rio - Um intenso tiroteio assusta moradores do Jacarezinho, Zona Norte do Rio, nesta terça-feira. Agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), com apoio da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Automóveis, realizam uma operação na comunidade.
De acordo com relatos de moradores, um verdureiro foi morto atingido por um disparo, enquanto trabalhava em sua banca, e uma outra moradora foi ferida de raspão no rosto. A mulher de 30 anos foi levada para o Hospital Geral de Bonsucesso, mas já foi liberada.
Procurada pelo DIA, a Polícia Civil não confirmou a informação sobre os feridos, mas afirmou os agentes do Core realizavam uma operação na comunidade com o objetivo de desarticular o tráfico de drogas local.
Na tarde desta terça-feira, blindado da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) pegou fogo. Segundo policiais civis, traficantes atiraram um coquetel molotov no veículo.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que 2.291alunos — de três escolas, três creches e dois Espaços de Desenvolvimento Infantil— ficaram sem aulas nesta terça-feira nas comunidades do Jacaré e Jacarezinho.
Segundo o aplicativo Fogo Cruzado — mapa colaborativo dos tiroteios do Rio de Janeiro, os cinco dias seguidos de confrontos no Jacarezinho totalizam duas vítimas fatais, três pessoas feridas e 31 horas de tiros.
Por volta das 20h, um grupo de moradores iniciou um protesto na Avenida Dom Hélder Câmara. Quando os manifestantes se aproximaram da Cidade da Polícia, policiais militares jogaram bombas de gás lacrimogêneo. No entanto, o grupo voltou a se reunir novamente e continuou com o ato que pede paz na comunidade.
Na última sexta, o policial Bruno Guimarães foi morto durante confronto com traficantes da região. Ainda no mesmo dia um menino de 13 anos e um homem identificado como André Macedo ficaram feridos, também por tiros.
No domingo, Nilson Roger da Silva de Freitas apontado como o chefe do tráfico na comunidade foi preso em uma mansão de luxo em Luziânia, em Goiás. O homem estava foragido desde 2010.