Por luana.benedito
Tablete de maconha prensada foi apreendida durante ação na sexta-feiraDivulgação

Rio - O Conselho Comunitário de Segurança de Volta Redonda,  no Sul Fluminense, está apertando o cerco contra criminosos que praticam assaltos e traficam drogas na área central da cidade. Nas últimas 48 horas, seis suspeitos de envolvimento com o tráfico, que agiam na Vila Santa Cecília, foram detidos e levados para a 93ª DP (Volta Redonda), onde prestaram depoimentos. As ações fazem parte da chamada Força Tarefa, constituída pelo conselho e integrantes das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, além da Guarda Municipal, Instituto Estadual do Ambiente (INEA), e entidades de defesa da criança e do adolescente, entre elas a Coordenadoria da Juventude e de Prevenção às Drogas, e Conselho Tutelar.

“As operações têm sido um sucesso, graças à disposição e empenho das partes envolvidas. Dezenas de abordagens foram feitas. Esse tipo de investida vai se repetir em dias e horários aleatórios, para dar mais segurança à população e afastar jovens das drogas”, afirmou a presidente do Conselho Comunitário, Rosane Pereira. As detenções foram feitas sob a Biblioteca Municipal e no Jardim dos Inocentes, região onde de dia funcionam importantes escolas da cidade. Graças à atuação conjunta das forças de segurança, bailes clandestinos a céu aberto têm sido combatidos.

De acordo com lideranças da Força Tarefa, as equipes vão se concentrar também para colocar fim aos transtornos provocados por badernas e excesso de barulho à noite, em virtude da aglomerações de jovens em vias públicas, repúblicas estudantis, e estabelecimentos comerciais, conforme o DIA vem denunciando desde o ano passado.

Repúblicas viraram pesadelo

As repúblicas estudantis de Volta Redonda - boa parte localizada nos bairros Jardim Amália I e II -, que já viraram casos de polícia, por conta de contantes badernas noturnas, são recordistas de chamados pelo 190 por perturbação da ordem pública. A localizada na subida da Rua Almirante Barroso, no Jardim Amália, é recorrente em confusões e atritos com a vizinhança.

"Esperamos que essa Força Tarefa nos devolva a paz. Os estudantes não respeitam ninguém, com algazarras, som altíssimo, xingamentos e gritos pelas madrugadas, como ocorreu, de novo, nos últimos dias 19 e 24. Tudo registrado em vídeos pelos vizinhos, para ser entregue ao Ministério Público, que também já abriu procedimento investigatório", afirmou Nathanael Villardo, 46 anos.

O MP abriu procedimento apuratório, com base em denúncias de moradores. “Passamos a exigir que os donos do imóvel, que moram próximo, e parentes dos estudantes, que muitas vezes nem sabem das confusões, também passem a ser responsabilizados por crime ambiental e de poluição sonora. Já passaram há muito tempo de todos os limites”,  reafirmou Joniel Vargas, 57.

Recentemente, a 93ª DP (Volta Redonda) abriu inquérito para apurar denúncias de que alguns estabelecimentos estariam funcionando, inclusive, como pontos de tráfico de drogas em bairros nobres, além das com constantes promoções de festas com volumes altíssimos de som durante as madrugadas, em plena área residencial. "Os imóveis nessas áreas estão se desvalorizando", alerta a corretora Marinéia Torres Silva, 37.

 No total, pelo menos nove estudantes, a maioria do curso de Medicina, já são investigados em inquérito da 93ª DP, que apura o tráfico na cidade. Em suas repúblicas, no Jardim Amália II, já foram apreendidas trouxinhas de maconha, balanças de precisão, narguilé (espécie de cachimbo de origem oriental) e outros tipos de cachimbos.

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