Rio - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que a guerra entre traficantes na Rocinha, na Zona Sul do Rio, está 'estabilizada'. Desde domingo da semana passada, quando pelo menos 50 bandidos invadiram a favela, os moradores vivem momentos de apreensão na comunidade.
Por causa dos frequentes confrontos, o Exército ocupa o local desde a última sexta-feira, para reforçar a segurança. Em entrevista à rádio CBN, na manhã desta segunda-feira, Jungmann garantiu que as tropas vão continuar na Rocinha até o fim de 2018, quando o presidente Michel Temer sairá da presidência.
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O ministro explicou ainda que os tiroteios não estão ocorrendo mais entre traficantes, mas, sim, entre policiais e bandidos. De acordo com o ministro, é preciso de uma ação 'mais efetiva das polícias do estado'. Jungmann acrescentou ainda que o Exército não pode atuar na favela com base em funções militares.
“O Exército não resolve o problema criminal. Se por acaso as Forças Armadas recebessem a ordem de entrar na guerra, você teria uma quantidade de mortos que não seria aceitável. O treinamento das Forças Armadas é para destruir. Mas é óbvio que ninguém quer destruir a Rocinha”, destacou.