Rio - Policiais da 32ª DP (Taquara) investigam as circunstâncias da morte de Marisa de Carvalho Nóbrega, 48 anos, na manhã desta segunda-feira. Segundo relatos, a mulher teria levado uma coronhada de policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), no sábado, ao tentar impedir que o filho de 17 anos fosse abordado pelos militares. Marisa foi encaminhada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, com traumatismo craniano.
Segundo o filho de Marisa, Tauã de Carvalho Nóbrega, o enterro da mãe, que seria na tarde desta terça-feira, no Cemitério do Pechincha, foi interrompido por policiais. "Estou na delegacia para fazer exame de corpo de delito", contou ele ao O DIA. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será examinado. Os parentes ainda serão ouvidos pela 32ª DP.
"Policiais do Bope que faziam operação na comunidade abordaram o filho dela de 17 anos que estava com a namorada e o agrediram, alegando que ele era traficante porque estava bem vestido. Ao ver a situação, os familiares foram chamados. Na confusão, todos foram agredidos e Marisa recebeu uma coronhada na cabeça com um fuzil por um policial. Imediatamente os familiares a levaram para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ela foi encaminhada de ambulância para o Salgado Filho, onde faleceu", diz uma publicação na página do Facebook Cidade de Deus Acontece.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou que Marisa sofreu traumatismo craniano e não resistiu aos ferimentos. A reportagem procurou a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Cidade de Deus e a PM mas, até a publicação desta matéria, a polícia não respondeu.