Por gabriela.mattos

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) manteve, nesta terça-feira, a prisão preventiva do comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Caju. O major Alexandre Silva Frugoni de Souza e outros três PMs foram detidos, na última quarta, após a Corregedoria da corporação encontrar armas com numeração raspada, drogas e munição nos armários da unidade e no gabinete do comandante.

Na decisão, o juiz Marco Couto justificou a necessidade de manutenção da prisão do major para garantia de ordem pública. O oficial vai responder à ação penal por do crime de porte ilegal de arma de fogo.

Alexandre Frugoni está desde 2002 na corporaçãoReprodução

 “Não se pode admitir que um comandante de uma UPP tenha em seu gabinete uma pistola, a qual foi encontrada acondicionada em um colete identificado justamente com o nome do indiciado. Convém registrar que a sua função de comandante impõe o zelo máximo em sua atuação, até porque serve de farol a iluminar as condutas de seus subordinados”, explicou.

Major era investigado há 5 meses

Supostos crimes militares, especialmente venda de armas apreendidas em operações para traficantes por policiais, já eram alvos de investigações do Ministério Público do Estado e da Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro, envolvendo agentes subordinados ao major Alexandre Frugoni, desde o primeiro semestre deste ano.

Na época, Alexandre, comandante da UPP Caju, estava à frente da unidade dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, no Centro da cidade. Em meados de maio, conforme reportagem do SBT exibida no dia 19 daquele mês, o MPRJ enviou denúncia à Auditoria da Justiça Militar detalhando o caso de um fuzil apreendido numa incursão de PMs daquela unidade, e não apresentado posteriormente em registro feito na 7ª DP (Santa Teresa). A partir disso, foi dado início a inquérito instaurado para apurar suspeitas de desvios de munição e apreensão de armas, sem que fossem apresentadas à Polícia Civil.

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