Rio - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) manteve, nesta terça-feira, a prisão preventiva do comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Caju. O major Alexandre Silva Frugoni de Souza e outros três PMs foram detidos, na última quarta, após a Corregedoria da corporação encontrar armas com numeração raspada, drogas e munição nos armários da unidade e no gabinete do comandante.
Na decisão, o juiz Marco Couto justificou a necessidade de manutenção da prisão do major para garantia de ordem pública. O oficial vai responder à ação penal por do crime de porte ilegal de arma de fogo.
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“Não se pode admitir que um comandante de uma UPP tenha em seu gabinete uma pistola, a qual foi encontrada acondicionada em um colete identificado justamente com o nome do indiciado. Convém registrar que a sua função de comandante impõe o zelo máximo em sua atuação, até porque serve de farol a iluminar as condutas de seus subordinados”, explicou.
Major era investigado há 5 meses
Supostos crimes militares, especialmente venda de armas apreendidas em operações para traficantes por policiais, já eram alvos de investigações do Ministério Público do Estado e da Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro, envolvendo agentes subordinados ao major Alexandre Frugoni, desde o primeiro semestre deste ano.
Na época, Alexandre, comandante da UPP Caju, estava à frente da unidade dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, no Centro da cidade. Em meados de maio, conforme reportagem do SBT exibida no dia 19 daquele mês, o MPRJ enviou denúncia à Auditoria da Justiça Militar detalhando o caso de um fuzil apreendido numa incursão de PMs daquela unidade, e não apresentado posteriormente em registro feito na 7ª DP (Santa Teresa). A partir disso, foi dado início a inquérito instaurado para apurar suspeitas de desvios de munição e apreensão de armas, sem que fossem apresentadas à Polícia Civil.