Por thiago.antunes

Rio - A prefeitura vai pagar, hoje, R$ 91,5 milhões para Organizações Sociais na área da Saúde. O dinheiro deverá ser usado pelas OSs para quitar salários de funcionários e comprar insumos. A liberação da verba acontece um dia após o Informe revelar que as OSs, que atualmente administram 51% da rede, planejam greve sob alegação de atrasos nos repasses. E um dia após o vereador Carlos Eduardo (SD) braço direito do prefeito Marcelo Crivella na Câmara Municipal pedir a demissão da secretária de Fazenda, Maria Eduarda Gouvêa.

Com a mudança no calendário de pagamento, que postergou a data dos repasses, essa verba só entraria no caixa das OSs em 16 de novembro.

As duas faces

Detalhe curioso: Carlos Eduardo, que desta vez ajudou as Organizações Sociais a receber verba, é o mesmo que aprovou projeto de lei para limitar a atuação das OSs. Ele é irmão do secretário de Saúde, Marco Antônio de Mattos.

De saída

O deputado estadual Paulo Ramos (Psol) busca outro partido para chamar de seu. "Estou muito desconfortável com a realidade interna do Psol. Como vou concorrer a deputado federal no ano que vem, estou analisando estar em um ambiente onde, além da causa, haja mais solidariedade." Ramos evita falar sobre o futuro partido. A Coluna apurou que o destino mais próximo é o PDT.

Diálogo

Líder do Psol na Assembleia Legislativa, Marcelo Freixo desconhecia o descontentamento de Ramos: "Estive hoje (ontem) com ele, e ele não comentou nada sobre isso. Se há mal-estar, que o debate seja feito. O partido está aberto a qualquer debate".

De R$ 3 bi a R$ 300 mil

A Justiça acolheu recurso de acusados de irregularidade em contratos da Linha 4 do metrô para limitar o bloqueio de seus bens. A 9ª Câmara Cível estipulou o valor de R$ 300 mil com isso, bens que superem essa quantia poderão ser vendidos ou transferidos. O Ministério Público pedia que o bloqueio conjunto de bens alcançasse R$ 3,1 bilhões valor do prejuízo aos cofres públicos por fraudes na Linha 4, segundo o Tribunal de Contas do Estado.

Crise financeira

Presidente da Alerj e do PMDB-RJ, Jorge Picciani já criticou Pezão algumas vezes. Mas, agora, reconhece publicamente que o ex-governador Sérgio Cabral, de quem é mais que aliado, teve sua parcela de culpa. "Promoveu concursos públicos quando a situação financeira já não era boa." A entrevista com o mandachuva da política fluminense vai ao ar domingo, às 23h15, no 'Jogo do Poder', na CNT.

Fim do cabo de guerra

O deputado Luiz Paulo (PSDB) comenta a decisão de Pezão de voltar atrás e permitir que motoristas façam vistoria no Detran sem necessidade de estar com IPVA pago. "Ele havia declarado guerra ao Legislativo e ao Judiciário. Ao recuar, se ajusta à realidade." A decisão foi antecipada ontem no site do Informe.

Apoio ao Rio em Brasília

O estado acaba de conseguir o apoio da Frente Parlamentar pela Aprovação dos Jogos no Brasil para vencer a queda de braço com o Ministério da Fazenda, que quer tirar do estado a concessão da Lotex responsável pelas loterias instantâneas, como a Raspadinha. Presidente da Loterj, Sérgio Ricardo de Almeida defende a criação de um polo de cassinos no Rio.

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