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Rio - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), substituiu por medidas cautelares os efeitos da prisão preventiva de Flávio Godinho, ex-vice-presidente de futebol do Flamengo, apontado como braço direito do empresário Eike Batista.
O ministro impôs a Godinho as mesmas condições já aplicadas anteriormente a Eike: comparecimento periódico em juízo, proibição de contato com os demais investigados e de deixar o país, com entrega do passaporte, e recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana e feriados
A decisão do habeas corpus confirma liminar de abril e segue o entendimento da Segunda Turma do STF, que adotou o mesmo procedimento em relação a Eike.
Godinho foi denunciado pela suposta prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro envolvendo contratos de obras públicas no Rio, em investigação que abrange também o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), condenado na Operação Lava Jato e preso desde novembro de 2016.
De acordo com o processo, a prisão tem suporte nas declarações de colaboradores que descrevem a participação de Godinho, falando em nome de Eike, no esquema de corrupção, e também diante do "nítido interesse de obstrução da Justiça" - ele teria se reunido com outros investigados para combinar versões nos depoimentos.