Por luana.benedito

Rio - O Tribunal de Justiça do estado (TJRJ) decidiu nesta quarta-feira, que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) apresente um parecer em até 20 dias sobre a ciclovia Tim Maia, em São Conrado, na Zona Sul do Rio.

De acordo com Marcello Alvarenga Leite, juiz responsável pela ação, o Crea deve se manifestar sobre as informações prestadas pelos réus que dizem respeito aos reparos realizados na estrutura da ciclovia, que eles afirmam ter realizado. 

Parte da ciclovia Tim Maia desabou em abril de 2016. Duas pessoas morreramEstefan Radovicz / Agência O Dia

Segundo o magistrado, o conselho deve informar se a obra foi realizada de forma suficiente a garantir a segurança da população, ainda, que não tenha sido concluída todas as medidas recomendadas no laudo do Crea.  Em caso negativo, deverá o conselho deverá indicar as medidas ainda necessárias.

Procurado pelo DIA, o Crea-RJ ainda não foi notificado oficialmente pela Justiça e, por isso, não se pronunciará sobre a decisão.

MP conclui que obras não são suficientes para reabertura

A 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público concluiu, nesta quinta-feira, que as obras na ciclovia Tim Maia, em São Conrado, na Zona Sul, não são suficientes para a reabertura de um trecho da via e recomendou a continuidade e aprofundamento de estudos relacionados à área. Em abril de 2016, parte da ciclovia desabou e duas pessoas morreram.

“As obras realizadas pelo consórcio responsável pela ciclovia, não são suficientes para garantir um mínimo de segurança, não tendo sido sequer precedidas dos necessários estudos hidrológicos", informou o Grupo de Apoio Técnico (Gate). Segundo o Gate, mesmo depois das obras, ainda persistem diversos pontos de corrosão e falhas na estrutura da ciclovia.

Os estudos hidrológicos foram indicados como indispensáveis à segurança da ciclovia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), que realizou estudos preliminares para a Prefeitura do Rio sem custos. O INPH informou, no entanto, que a continuidade, com a coleta de dados de campo batimétricos e de ondas, demandaria custos que não foram arcados pelo Prefeitura, o que inviabilizou a realização de estudo aprofundado sobre a dinâmica do local.

Você pode gostar