Rio - A Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI) realizará um censo para mapear os terreiros da Baixada Fluminense. Religiões de matriz africana são responsáveis por 91% das denúncias de intolerância religiosa recebidas pela SEDHMI. O ato é uma das resoluções tomadas no I Fórum Iguaçuano de Combate a Intolerância Religiosa que reuniu autoridades e lideranças religiosas, na Universidade Iguaçu, nesta quinta-feira. O evento foi organizado pela SEDHMI e pela Comissão Mista da Baixada Fluminense Contra a Intolerância.
No evento, ficou decidido que será formalizada a criação da Comissão Mista com lideranças religiosas da Baixada Fluminense, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, da Defensoria Pública e da secretaria. A intenção é acompanhar os casos e elaborar medidas de combate a esse tipo de crime. A comissão será responsável por mapear os casos de ameaça por intolerância religiosa em Nova Iguaçu.
“Nós vamos solicitar uma audiência com os delegados responsáveis pelas três delegacias de Nova Iguaçu para discutir os recentes casos no município e propor atividades de capacitação para agentes dessas unidades, visando um melhor atendimento às vítimas de intolerância religiosa. Essa ação é importante para que eles possam entender a violação dos preceitos da religião e atender da melhor forma possível às vítimas”, diz o secretário de Direitos Humanos Átila Alexandre Nunes.
A SEDHMI ainda fará uma articulação com as Secretarias Estadual e Municipal de Educação para implementar ações de conscientização do respeito à liberdade religiosa em escolas do município. Devido aos número de casos em Nova Iguaçu, ficou decidido que uma audiência pública será realizada na Câmara Municipal.
Denúncias de intolerância religiosa podem ser feitas através do Disque Combate ao Preconceito. O canal funciona de segunda a sexta-feira, no telefone (21) 2334 9551, das 10h às 16h.