Por luana.benedito
Suposta vaga de emprego para soldador Reprodução Internet

Rio - O boato fez mais uma vítima nas redes sociais. Um metalúrgico levou um susto quando viu uma publicação na Internet e no WhatsApp dizendo que ele era estuprador de menores de idade. A difamação ocorreu após Rafael de Oliveira, 38 anos, morador de Volta Redonda, recusar uma falsa oportunidade de emprego na semana passada.

Na última quarta-feira, Rafael entrou em contato com um suposto funcionário de uma empresa, identificado como Marco Antônio, que estava anunciando uma vaga de soldador. No entanto, a vítima começou a desconfiar do golpe quando soube que o salário seria de R$ 2.750.

"Entrei em contato com ele após receber a vaga por meio de um amigo. O falso funcionário mostrava entender muito bem da área e estava seguro do que falava. Foi um golpe bem elaborado. Comecei a desconfiar do esquema por causa do salário maior do que a média oferecida aqui em Volta Redonda", contou.

Antes de saber do valor do salário, Rafael chegou a enviar os documentos por um e-mail indicado pelo suspeito. A vítima ressaltou que teve certeza de que era um golpe quando o homem pediu o depósito de R$ 100 para um 'cafezinho'. 

"Ele disse que a vaga estava muito disputada e que precisava do dinheiro para garantir minha candidatura. Eu disse: 'você não tem vergonha de pedir isso para uma pessoa desempregada?'. E ele começou a me ameaçar, afirmou que ia arruinar minha vida, pois tinha meus documentos", lembrou a vítima.

No último sábado, uma amiga de Rafael o alertou sobre a publicação que estava viralizando nas redes sociais. "Atenção, sociedade brasileira! Este monstro está estuprando crianças em todo o estado. Foi visto em Volta Redonda. Vamos compartilhar até conseguir matar este monstro estuprador. Ele age nas portas das escolas oferecendo balas para as vítimas", dizia a postagem.

Rafael destacou que foi ameaçado nas Internet, mas não foi reconhecido nas ruas. A vítima registrou o caso na 93ª DP (Volta Redonda). O delegado adjunto Marcello Russo afirmou que os estelionatários têm diversas formas de agir nas redes sociais. Com isso, o rastreamento dos suspeitos se torna mais complicado, segundo o delegado.

"Eles falam que garantem a vaga e algumas pessoas acreditam. Como Rafael conseguiu perceber o golpe, o estelionatário divulgou uma publicação o caluniando nas redes sociais", completou Russo, acrescentando que o perfil do susposto agenciador também devia ser falso.

Com reportagem da estagiária Luana Benedito, sob supervisão da repórter

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