Rio - A Polícia Civil apura se a morte do soldado PM Rafael Von Held Veríssimo, 37 anos, foi motivada por uma guerra entre traficantes e milicianos de Queimados, na Baixada Fluminense. Segundo o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), a participação da vítima em uma milícia privada que atua no município será investigada. Um ataque em uma lanchonete da cidade que deixou dois mortos, no início do mês, também está ligado ao conflito entre os criminosos.
"Esta é uma das linhas de investigação. Em alguns inquéritos em andamento na DHBF, nós confirmamos um conflito envolvendo traficantes de drogas e milicianos", disse Lages. O policial, que era lotado no 21º BPM (São João de Meriti), foi assassinado a tiros na manhã desta terça quando passava de carro na Estrada Campo Alegre, no bairro Jardim da Fonte.
Segundo a polícia, pelo menos 14 disparos atingiram o vidro dianteiro do veículo e outros tiros perfuraram a lateral. Rafael é o 109º PM morto este ano.
Nas redes sociais, amigos e parentes de Von Held lamentaram a morte do policial. "O melhor amigo que um dia eu pude ter, para sempre vai ser meu tio", disse uma sobrinha da vítima. "Perdi não só um amigo, mas um irmão. Não dá para acreditar. Fique com Deus!", escreveu outro internauta. Rafael será enterrado às 17h desta quarta-feira, no Cemitério Municipal de Queimados.
Ataque em bar deixou dois mortos
No dia 8 de outubro, uma lanchonete na Praça dos Eucaliptos, foi alvo de um ataque de criminosos. Um homem que estava em um Uno passou atirando no local. Edésio Virgino da Cruz Prado, de 59 anos e Maurício dos Santos Jesus Nascimento, morreram baleados. Outras seis pessoas ficaram feridas.
Segundo a DHBF, o ataque também está inserido no conflito entre traficantes e milicianos de Queimados. "O evento da lanchonete está neste cenário. Já há informações no sentido de que o ataque foi feito pelo tráfico de drogas atuante em uma das comunidades de Queimados", explicou o delegado Giniton Lopes.