Por cadu.bruno

Rio - A 23ª Vara Criminal decretou a prisão temporária de seis criminosos da Cidade Alta, em Cordovil, Zona Norte do Rio, com base em imagens obtidas pelo DIA Online e enviadas às polícias Civil e Militar na manhã de sábado e publicadas à noite. Eles foram identificados como Rodnei de Menezes Andrade, o Baratão, um dos chefes da comunidade, Rafael Félix da Silva Valadares, o Lulinha, Daniel Nunes, o Chapoca, e Luís Carlos de Andrade, o Farinha. Foram citados Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, e Rodrigo Ribeiro da Silva, o Geremias.

Traficantes filmados em invasão à Cidade AltaArte%3A O Dia

O pedido de prisão foi feito pelo  delegado Delmir Gouvea, da 38ª DP (Irajá). No vídeo, eles aparecem ostentando fuzis. Os criminosos são do Terceiro Comando Puro (TCP), facção criminosa que comanda o tráfico da Cidade Alta. Eles foram indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma. As penas variam de um a 15 anos de prisão.

"Essas imagens ampliaram ainda mais minhas investigações. Lulinha e Chapoca tiveram a prisão temporária decretada pela primeira vez. Agora vou mandar todas as minhas  informações sobre esses criminosos para a Delegacia de Homicídios, que investiga a entrega de uma cabeça dentro de uma caixa de presente na comunidade do Pica Pau", disse.

Uma cabeça dentro de uma caixa com laço de presente foi deixada na favela Pica Pau como um aviso em relação à morte de um adolescente, morador da Cidade Alta, confundido com traficante. O bando comandado por Baratão capturou e matou criminosos rivais.

Em função disso, o confronto entre traficantes do TCP e do CV se intensificou no último fim de semana. 

Guerra entre facções

A disputa pelo domínio das favelas da Cidade Alta e Pica Pau, que são próximas, abre guerra entre facções criminosas desde o ano passado, com a morte da líder comunitária Glória Maria. Em meio aos confrontos, PMs foram acusados de transportar traficantes do TCP dentro do caveirão para atacar os rivais.

Segundo gravações telefônicas autorizadas pela Justiça em investigações da 38ª DP (Irajá), a quadrilha pagava propina semanal de R$ 300 mil aos PMs.

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