Por rodrigo.sampaio

Rio - O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp), do Ministério Público, instaurou um inquérito que vai investigar as sete mortes e denúncias de lesão corporal, ocorridas em um baile funk durante uma operação conjunta do Exército e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, na Comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo, na Baixada Fluminense, no dia 11 de novembro.

Manifestantes protestaram contra a morte de jovens em São GonçaloDivulgação

Promotores do Gaesp visitaram uma unidade de saúde em São Gonçalo, nesta sexta, para ouvir duas vítimas que estão internadas e uma testemunha. Ainda de acordo o órgão, familiares de uma outra vítima foram ouvidos na quinta-feira. 

Parentes de dois homens mortos no episódio classificaram a ação da polícia como "terrorista" e "uma carnificina". Segundo eles, policiais encapuzados chegaram atirando contra os presentes no baile e não teria havido confronto. 

"Quem autorizou uma operação para matar um bando de gente? Esse cara é um terrorista amparado pelo poder público", questionou um parente de uma das vítimas. "Foi uma carnificina. Foram lá e saíram matando todo mundo, até morador. Quem corria, eles atiravam. Mataram mais de dez", afirmou outra testemunha.

De acordo com a Polícia Civil, as mortes ocorridas no incidente se deram por "resistência armada de criminosos". A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) vai ouvir os policiais que participaram da ação. Nem o Comando Militar do Leste nem a Polícia Civil informam o motivo da incursão.

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