Rio - Uma discussão entre vizinhos terminou em pancadaria com três mulheres agredidas por dois irmãos e a mãe deles num prédio na Penha Circular. Uma das vítimas, Maria José Brum, de 53 anos, está com o nariz e o braço direito quebrados e hematomas no rosto. A síndica do edifício, Solange Pollizi, de 54 anos, sofreu várias escoriações no rosto e está com problemas de audição. Ariel Brum, de 20 anos, filha de Maria José, levou socos no rosto dos homens e puxões de cabelo da mãe deles. Toda a agressão foi filmada pelo circuito interno de segurança do prédio. A pancadaria durou um minuto e meio.
O caso aconteceu no último dia 18, às 9h. As imagens estão com a 38ª DP (Brás de Pina). Elas mostram, ainda, um dos agressores jogando o celular de Maria José no chão. O aparelho foi destruído. Tudo começou, segundo Ariel, porque a mãe dos agressores disse aos filhos que apanhou após discussão com as vítimas. O motivo do bate boca é que ela acusa um funcionário do edifício de ter violado uma correspondência dela. Porém, ele não participou da briga. Ariel nega que a mulher tenha sido agredida. E a briga só terminou quando a irmã dos agressores e a mulher de um deles chegou. De acordo com Ariel, desde a confusão eles não foram mais vistos no prédio.
"Ninguém bateu nela e ela também não provou a acusação ", afirmou a jovem. "O funcionário do prédio estava sendo perseguido pela moradora. Ele, então, chamou a síndica que também chamou minha mãe, que é do conselho do condomínio. Minha mãe também me ligou porque a discussão aumentou", contou Ariel, que hoje esteve com a mãe em uma clínica porque ambas ainda sentem fortes dores provocadas pelos socos. "Não consigo abrir a boca e minha mãe não consegue fazer nada em casa. Nós é que estejamos ajudando nos afazeres domésticos. Estamos sentindo muitas dores", reclamou a jovem.
De acordo com ela, os homens começaram a agredi-las quando a mãe dela disse que estava filmando tudo pelo celular. "Durante a discussão, eles disseram que as câmeras do prédio não estavam filmando, mas minha disse que o celular dela estava. Nesse momento, um deles tomou o aparelho da mão dela e o jogou no chão. Em seguida, ele começou a nos agredir", lembrou Ariel, que vai entrar na Justiça contra os agressores. "Eles vão ter que pagar por isso", disse ela.